A campanha nacional da ABSOLAR na Rádio CBN pela energia solar FV veiculou na emissora no primeiro bimestre do ano de 2020. Os boletins e podcasts debateram temas como economia, sustentabilidade e as mudanças nas regras para quem gera a sua própria eletricidade. Esta campanha é resultado do esforço da ABSOLAR com o apoio de várias empresas do setor.
Estamos unidos para mostrar ao Brasil que a energia solar FV beneficia TODA A SOCIEDADE, gerando emprego, renda e arrecadação que ajudarão na retomada da economia do País.
Confira abaixo todos os materiais desta campanha:
Boletim – Saiba como o setor de energia solar está atuando no enfrentamento à Covid-19 e como ele poderá ajudar na recuperação do país.
Podcast – Em época de pandemia, energia solar também é pauta. Pelo dinamismo do setor, é alternativa para o país na geração de empregos em fase de recuperação, na redução na conta de luz da população e no cuidado com o planeta. Nessa edição Neli Pereira entrevista Rodrigo Sauaia, Presidente Executivo da ABSOLAR, Bárbara Rubin, advogada especialista em regulação do setor elétrico, José Santiago Jr, gerente da área de sustentabilidade para pequenos negócios do SEBRAE e Renan Pieri, Professor Doutor de economia da FGV • Duração: 40min
Boletim – Desde 2012 você tem o direito e escolha de gerar a sua própria energia, limpa e barata. Conheça mais sobre o assunto neste boletim da ABSOLAR.
Podcast – Neste episódio, falaremos sobre a Energia Solar no Brasil, o direito de escolha do consumidor e o movimento que existe para que o brasileiro não tenha acesso a essa energia barata e limpa. O bate-papo conta com a presença de Rodrigo Sauaia, Presidente Executivo da ABSOLAR, Guilherme Susteras, coordenador do grupo técnico da ABSOLAR e o professor Paulo Cézar Tavares, Presidente da SolEnergia • Duração: 37min
Boletim – O cenário atual de pandemia leva pessoas e governos à reflexão para um futuro mais sustentável e a energia solar desenvolve benefícios para a sociedade e para o planeta.
Podcast – O momento delicado e as preocupações em torno da Covid-19 nos fazem pensar em panoramas pós pandemia. A energia solar pode contribuir muito para esse novo cenário pois, além de ajudar na recuperação da economia, auxilia também na criação e desenvolvimento de cidades mais sustentáveis e preparadas para o presente e o futuro • Duração: 39min
Boletim – A energia solar permite que o consumidor gere sua própria energia, reduzindo sua conta e a dos demais consumidores. E por que estão querendo tirar esse direito?
Podcast – Este quarto episódio trata de dois assuntos urgentes e que correlacionados: o aumento da conta de energia elétrica e o monopólio das distribuidoras. Preocupações que tomam conta do consumidor em época de crise, que afetam a economia, o emprego e o bolso de todos. Mas a energia solar pode ajudar com a produção de sua própria energia, diminuindo gastos, gerando renda e empregos. Neli Pereira recebe Rodrigo Sauaia, presidente executivo da ABSOLAR, Barbara Rubim, advogada, vice-presidente da ABSOLAR e especialista em energia elétrica, Mara Shwengber, empresária do setor solar e coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul e Wagner Parente, CEO da BMJ consultoria, especializada em Relações Institucionais e Governamentais • Duração: 47min
Desde que começamos a divulgar os benefícios da solar nas nossas redes sociais e a trazer a público o debate em torno das mudanças nas regras, influenciadores digitais, representantes no governo, consumidores e atores têm nos mandado vídeos de apoio. É o movimento da sociedade em prol desta energia LIMPA e RENOVÁVEL.
Para a entidade, a fonte solar fotovoltaica é estratégica para o País, pois alivia a operação do sistema elétrico nacional, economiza água das hidrelétricas e reduz o uso de termelétricas caras e poluentes
O baixo nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas no País, conforme apontam o relatório recente da Agência Nacional de Águas (ANA), somado à projeção de um maior consumo de eletricidade em 2020, eleva a relevância da energia solar fotovoltaica ao Brasil.
A afirmação é do CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Rodrigo Sauaia. Segundo ele, a fonte solar fotovoltaica é cada vez mais estratégica ao País, pois ajuda a aliviar a operação do sistema elétrico nacional, economizando água dos reservatórios das hidrelétricas e reduzindo a necessidade de acionamento de termelétricas, mais caras e poluentes. “No caso da geração distribuída solar fotovoltaica, quando os próprios consumidores investem em sistemas em suas casas ou empresas, há também uma redução de gastos e economia que é compartilhada com todos os consumidores brasileiros, incluindo aqueles que nunca instalaram energia solar”, ressalta.
Segundo dados da ANA, os reservatórios das usinas hidrelétricas brasileiras estão com níveis reduzidos de água para esta época do ano. O nível médio dos reservatórios destas hidrelétricas está em cerca de 31,67%, conforme verificação da agência realizada em 19 de janeiro de 2020. Em 2016, esse patamar era de aproximadamente 37,35% na data. No exercício seguinte (2017), o índice estava em 35,76%. E, nos anos de 2018 e 2019, o nível médio estava em 37,77% e 38,11%, respectivamente.
Fonte: Agência Nacional de Águas (19 de janeiro de 2020)
Há, ainda, outra tendência relevante para o planejamento do abastecimento elétrico do País: de acordo com informações da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o consumo de eletricidade no Brasil deve crescer aproximadamente 4,2% em 2020, na comparação com 2019, um avanço significativo. O principal motivo, segundo a CCEE, é o reaquecimento da economia nacional e a projeção positiva para o crescimento PIB deste ano.
“Fato é que o País precisará de energia para dar conta do crescimento econômico. Como o nível dos reservatórios hidrelétricos está muito baixo, há um risco iminente de acionamento de termelétricas a combustíveis fósseis, com um custo bastante alto que é repassado aos brasileiros em forma de aumento de bandeira tarifária (amarela e vermelha). Portanto, é necessário o estímulo à geração de eletricidade limpa, renovável e barata, como a energia solar”, diz o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk.
Você sabe como funciona o setor elétrico? E como a GD solar pode contribuir para aliviar custos deste sistema? Acredite: a resposta é bem mais simples do que parece. Para te ajudar a esclarecer as dúvidas mais comuns sobre o tema, a ABSOLAR preparou a série “Faz a Conta”. Divididos em 4 capítulos, os vídeos explicam de forma simples como podemos gastar menos na tarifa de energia elétrica. Assista, compartilhe e comente!
Setor rebate cálculos incompletos da Aneel e Ministério da Economia, incluindo na análise os ganhos para consumidores e sociedade
Levantamento inédito da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), com base em dados oficiais dos órgãos de governo, mostra que os benefícios proporcionados pela energia solar na geração distribuída ajudam todos os consumidores brasileiros e a economia do País.
As análises da entidade apontam que, para cada R$ 1 investido em sistemas fotovoltaicos de pequeno e médio portes usados para abastecer residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos, o setor devolve mais de R$ 3 em ganhos elétricos, econômicos, sociais e ambientais aos brasileiros.
O cálculo foi feito a partir dos dados de investimentos realizados na área desde 2012, levando em consideração os incrementos de arrecadação dos governos federal, estaduais e municipais decorrentes desses aportes e a geração de novos empregos e renda no País com os negócios e projetos desenvolvidos no período, entre outros importantes indicadores. Tais atributos, ressalta a entidade, foram deixados de fora da conta tanto pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) quanto pelo Ministério da Economia.
Desde 2012, os consumidores brasileiros já investiram mais de R$ 8,4 bilhões em sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica. Os investimentos privados da população acrescentaram uma potência de mais de 1,9 gigawatt (GW) operacional, espalhado em mais de 70% dos municípios brasileiros. Só em 2019, a ABSOLAR calcula que o segmento criou 92 postos de trabalho por dia no País. No acumulado, já são mais de 100 mil empregos.
Estes sistemas ajudam a aliviar a operação da matriz elétrica brasileira, economizando água das hidrelétricas e reduzindo o uso de termelétricas caras e poluentes, trazendo economia mesmo aos cidadãos que nunca investiram na energia solar.
“Importante destacar que o dinheiro economizado na conta de luz do consumidor de energia solar é reinjetado na economia e ajuda a movimentar os setores de comércio e serviços, aquecendo a atividade econômica local. Surpreendente que o Ministério da Economia não tenha feito uma conta sequer sobre estes e outros benefícios para a economia do nosso País. A quem interessa este tipo de conta incompleta?”, indaga Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR.
Caso as regras vigentes sejam mantidas, a ABSOLAR projeta que a geração distribuída solar fotovoltaica pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035. Os benefícios incluem ganhos pela energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição e redução de contratação de novas usinas de geração.
Por isso, a entidade defende que todos os benefícios da geração distribuída solar fotovoltaica devam ser devidamente valorizados. “É chegada a hora, portanto, do Brasil fazer as contas completas e estabelecer um marco legal transparente, estável, previsível e justo, que acabe com a insegurança jurídica que paira sobre o mercado. O Executivo e o Congresso Nacional se mostraram sintonizados com os anseios de 93% dos brasileiros, que querem gerar energia limpa e renovável em seus telhados”, comenta Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR.
“As análises devem incluir, por exemplo, a postergação de investimentos em transmissão e distribuição de eletricidade, alívio das redes pelo efeito vizinhança, geração de emprego e renda, diversificação da matriz elétrica e redução de emissões de gases de efeito estufa, entre diversos outros benefícios que superam, em muito, quaisquer eventuais custos da geração distribuída”, conclui Sauaia.
Para a ABSOLAR, Projeto de Lei proposto por Jair Bolsonaro, com o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, beneficia o cidadão, gera empregos e acelera o crescimento do País
O anúncio nas redes sociais do presidente Jair Bolsonaro, com o apoio dos líderes do Congresso Nacional, em favor da energia solar no País, com a criação de um Projeto de Lei (PL), reflete uma união surpreendente entre os poderes Executivo e Legislativo pelo desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica no Brasil.
O próprio presidente Bolsonaro afirmou ontem (domingo) que o PL é fruto de uma articulação entre o Executivo e o Legislativo, com o apoio dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre. Em uma das postagens, Jair Bolsonaro disse que “o presidente da Câmara colocará em votação Projeto de Lei, em regime de urgência, proibindo a taxação da energia gerada por radiação solar. O mesmo fará o presidente do Senado. Caso encerrado.”
Bolsonaro afirmou ainda, em vídeo publicado mais cedo, que, se dependesse dele, não haveria cobrança sobre a energia solar no País. “É posição do presidente da República, no que depender de nós, não haverá taxação da energia solar”, declarou. O próprio Rodrigo Maia repercutiu em suas redes o vídeo do presidente Bolsonaro e afirmou que “concordo 100% com ele (presidente Bolsonaro) e vamos trabalhar juntos no Congresso contra a taxação da energia solar.”
Recentemente, o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), André Pepitone, reconheceu a necessidade de alterações e melhorias no texto proposto pela entidade reguladora. Em entrevista recente ao site Megawhat, Pepitone afirmou que quaisquer mudanças regulatórias passariam a valer apenas para as novas conexões a partir de 2021, mantendo por 25 anos as regras vigentes para os consumidores que já investiram no sistema solar fotovoltaico.
Na avaliação de Rodrigo Sauaia, CEO da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Projeto de Lei proposto por Jair Bolsonaro, com o apoio dos presidentes da Câmara e do Senado, beneficia o cidadão, gera empregos e acelera o crescimento do País. “Trata-se de iniciativa suprapartidária em prol do desenvolvimento econômico e sustentável do País, com geração de emprego e renda, atração de investimentos privados, redução de custos para famílias, empresas e produtores rurais, com mais liberdade de escolha para os consumidores”, comenta.
Para o presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR, Ronaldo Koloszuk, promover a energia solar fotovoltaica é medida alinhada com as melhores práticas internacionais. “No Brasil, a fonte é cada vez mais acessível à população, de todas as faixas de renda, além de ser uma locomotiva de crescimento econômico. O mercado poderá gerar cerca 672 mil novos empregos aos brasileiros na microgeração e minigeração distribuída até 2035, com a manutenção das regras atuais”, conclui.
Veja abaixo o vídeo publicado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro:
Veja também a entrevista concedida hoje pelo presidente sobre o tema
De acordo com projeções da ABSOLAR, a geração distribuída solar fotovoltaica pode acrescentar mais de R$ 13,3 bilhões em benefícios líquidos para todos os consumidores do setor elétrico até 2035. Estes benefícios incluem ganhos pela energia evitada, diminuição de perdas de transmissão e distribuição e redução de contratação de garantis de geração e contabilizam na análise a redução de mercado das distribuidoras de energia elétrica.
Ao longo de 2019, a ABSOLAR fez uma série de postagens nas redes sociais falando um pouco de cada um destes benefícios. Tais atributos foram reunidos em um folder, para que todos possam rever, imprimir e compartilhar.
Baixe aqui o documento.
Quando grandes obras de infraestrutura são executadas para dar suporte ao setor elétrico, este recurso é pago na conta de luz de TODOS OS BRASILEIROS. A energia solar fotovoltaica REDUZ A NECESSIDADE DESTES INVESTIMENTOS gerando ECONOMIA e reduzindo custos que iriam parar na sua conta de luz.
Veja post na íntegra
Artigo publicado na edição de novembro da Revista Fotovolt
Por Nelson Colaferro Júnior, Rodrigo Sauaia e Ronaldo Koloszuk
A geração distribuída solar fotovoltaica, solução limpa e renovável ainda recente no Brasil, chegou para ficar, trazendo inúmeros benefícios relevantes à nossa sociedade.
Neste momento, no entanto, está ameaçada: seu avanço incomoda grandes grupos econômicos, tradicionais e conservadores no setor elétrico. Em especial, a microgeração e minigeração distribuída e o sistema de compensação de energia elétrica, usados há décadas em dezenas de países do mundo, têm sido os alvos destes embates em nosso País. A razão é financeira: ao empoderar os consumidores, tornando-os ativos e mais independentes, a geração distribuída ameaça as receitas das distribuidoras que não adaptarem suas operações às inovações tecnológicas, transformação do mercado e novas demandas dos consumidores.
O debate se acalorou quando foram propostas pela Aneel mudanças profundas à geração distribuída quando os consumidores injetam a sua energia na rede elétrica, local ou remotamente: eles teriam que pagar mais pelo uso da infraestrutura da matriz elétrica.
Seria este o momento adequado de fazer mudanças no modelo?
Dados oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, há menos de 170 mil consumidores com geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil, equivalentes a irrisórios 0,2% das mais de 84,4 milhões de unidades consumidoras faturadas pelas distribuidoras mensalmente. E tem mais: a cada ano são adicionados mais de 1,9 milhão de novos consumidores cativos aos mercados das distribuidoras, quantidade muito superior aos novos sistemas de geração distribuída adicionados anualmente. Isso comprova que a geração distribuída ainda engatinha e precisa ser promovida, não barrada, no Brasil. Portanto, é cedo demais para alterar as regras de compensação de energia elétrica da geração distribuída em nosso País.
Quando seria um bom momento para mudar estas regras?
Na Califórnia (EUA), caso de sucesso mundial no desenvolvimento da geração distribuída solar fotovoltaica, as regras hoje aplicadas no Brasil para a geração distribuída foram usadas por 20 anos (1996 – 2016), permitindo que a geração distribuída atingisse uma participação de 5% do atendimento da demanda elétrica de cada distribuidora californiana, antes de qualquer mudança. Quando este patamar foi alcançado, as regras foram atualizadas para um novo modelo, com uma cobrança de 10,5% do valor da tarifa para a injeção da energia na rede elétrica. O valor foi calculado levando-se em consideração os benefícios da geração distribuída aos californianos e é muito inferior aos quase 60% propostos pela Aneel aos brasileiros, o que inviabilizaria vários modelos de negócio e modalidades de compensação, distanciando a geração distribuída por fontes renováveis da sociedade. Seria um grave e imperdoável equívoco seguir neste caminho.
A geração distribuída beneficiou todos os consumidores californianos, não apenas os que investiram diretamente na tecnologia, já que muitos dos ganhos foram compartilhados com a população. Por exemplo, graças aos investimentos em geração distribuída e eficiência energética na Califórnia, o operador do sistema conseguiu cancelar 20 projetos de ampliação da transmissão e 21 projetos de reforço das redes. As obras seriam necessárias, caso a energia elétrica fosse trazida de fora das cidades, para atender os consumidores. Com a geração distribuída solar fotovoltaica, instalada pelos consumidores em suas próprias casas, empresas e propriedades rurais, grande parte da nova demanda por eletricidade foi suprida localmente, aliviando o sistema e evitando estes custos adicionais que aumentariam as tarifas de todos os californianos. A economia total foi de impressionantes US$ 2,6 bilhões para todos os consumidores, um verdadeiro “ganha-ganha” para a sociedade.
Há, também, outras perguntas que não querem calar: se a geração distribuída traz tantos problemas ao sistema de distribuição, quanto discursam os interessados em manter seus monopólios, por que muitos grupos de distribuição de energia já montaram seus próprios negócios paralelos de geração distribuída? É justo que estes grupos utilizem os recursos do Programa de Eficiência Energética da Aneel, custeados pelos consumidores, para ampliar o seu mercado na geração distribuída, oferecendo descontos a clientes de classe média e alta, em vez de investir estes recursos para levar a geração distribuída a clientes de baixa renda? A Aneel está atenta a estas incoerências e tomará providências?
Caso sejam feitas mudanças na Resolução Normativa nº 482/2012 da forma como propõe a Aneel, o retrocesso da alteração terá como reflexo uma enorme perda de credibilidade do Brasil, visto hoje como um País que bem aproveita suas fontes limpas e renováveis. Menos geração distribuída levará a Nação a recorrer ainda mais às termelétricas, mais caras e poluentes, com severo prejuízo às políticas ambientais, energéticas, sociais e econômicas do País. Um grande prejuízo para a sociedade.
É importante destacar que os ganhos proporcionados pela geração distribuída solar fotovoltaica são diversos. Temos a ampliação da distribuição de renda local, gerando empregos e oportunidades nas regiões onde os sistemas são instalados, bem como mantendo os recursos economizados pelos consumidores na própria comunidade, movimentando a economia e os pequenos negócios da região. Com isso, a economia fica no local onde a eletricidade é gerada de forma distribuída.
Adicionalmente, a geração distribuída solar fotovoltaica dá ao consumidor mais liberdade e autonomia na gestão da geração e do consumo de energia elétrica, fazendo com que se torne um prossumidor (produtor + consumidor) mais eficiente e consciente na administração deste insumo vital para a vida moderna.
O conceito de consumidor cativo, dependente exclusivamente dos monopólios de distribuição de energia elétrica, começa, portanto, a ser desconstruído com a geração distribuída a partir da fonte solar fotovoltaica, valorizando a forma democrática de geração e consumo de eletricidade, em benefício de toda a sociedade.
A geração distribuída também posterga investimentos em novas usinas de geração, redes de transmissão e infraestrutura de distribuição, reduz custos de manutenção e perdas elétricas de transmissão e distribuição, melhorando a segurança de suprimento e a operação do sistema elétrico para todos.
A geração distribuída solar fotovoltaica coloca o consumidor no centro das decisões, trazendo a ele mais liberdade, independência, autonomia e controle sobre a sua energia elétrica. Por isso, 93% dos brasileiros quer gerar energia renovável em casa, segundo pesquisa do Ibope Inteligência de 2019.
É dever do regulador e dos líderes públicos do Congresso Nacional atender aos anseios da sociedade brasileira e não defender agentes específicos interessados em proteger suas receitas. O crescimento sustentável do Brasil será potencializado pela geração distribuída solar fotovoltaica, como política pública estratégica para o desenvolvimento econômico, social e ambiental, contribuindo para diversificar a matriz elétrica, gerando milhares de empregos, reduzindo a queima de combustíveis fósseis, ampliando a liberdade do consumidor, estimulando a cadeia produtiva, reduzindo perdas e trazendo economia para os cidadãos, as empresas e os governos.
Vivemos um bom momento para debater as regras da geração distribuída e para planejar a criação de um marco legal sólido e previsível para o setor. No entanto, é muito cedo para que se estabeleça uma mudança tão brusca e injusta num segmento que só agora começa a se desenvolver no País.
*Nelson Colaferro Júnior, fundador da Blue Sol
*Rodrigo Sauaia, CEO da ABSOLAR
*Ronaldo Koloszuk, presidente do Conselho de Administração da ABSOLAR
A Audiência Pública na ALESP, Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, foi uma boa oportunidade para o setor solar fotovoltaico mostrar que está unido e preparado para o debate em torno das mudanças na Resolução Normativa 482/2012, da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) continua com os trabalhos técnicos e políticos para mostrar para a Aneel que a geração distribuída solar fotovoltaica traz benefícios para TODOS OS BRASILEIROS e que eles DEVEM ENTRAR NA CONTA.
Veja post na íntegra e confira o vídeo abaixo.
https://www.facebook.com/ABSOLARBrasil/videos/709734426202649/